Armie Hammer apagou esta semana a sua conta no Twitter algumas horas após um artigo brutal do BuzzFeed sobre a sua carreira em Hollywood e gabou-se que o divórcio foi realmente "fácil".

O ator, conhecido por filmes como "A Rede Social" e "O Agente da U.N.C.L.E., é considerado um favorito às nomeações para os Óscares graças a "Chama-me Pelo Teu Nome", mas revelou que a saída da rede social neste momento importante da carreira se deveu a uma ausência de "controlo de impulso".

"Simplesmente não tenho controlo de impulso. Portanto, se alguém diz alguma coisa estúpida, não consigo evitar responder alguma coisa e depois basicamente explode.", revelou durante uma sessão de perguntas e respostas que se seguiu ao visionamento do seu mais recente filme.

"Este é um ambiente tóxico e a minha vida está muito melhor. É bastante engraçado, as pessoas são tão viciadas e envolvidas no Twitter, parece uma loucura que alguém posso afastar-se daquilo. Ficam tipo, esperem, ele APAGOU? Na verdade foi bastante fácil", acrescentou.

Há poucas semanas, o ator já tinha manifestado o seu incómodo por se ter tornado viral uma resposta que deu ao ator James Woods após este comparar a pedofilia a diferença de idades entre os dois protagonistas de "Chama-me Pelo Teu Nome": "Não namorou com uma rapariga de 19 quando tinha 60?"

Agora, a decisão foi precipitada pela publicação no domingo do artigo "10 Long Years of Trying to Make Armie Hammer Happen" [10 longos anos de tentar tornar Armie Hammer uma estrela, em tradução livre do sentido], que tinha como subtítulo "Ninguém em Hollywood tem segundas oportunidades como o homem heterossexual branco".

Aí, as origens privilegiadas e carreira do ator eram alvo de análise e dadas como exemplo de um problema sistémico de Hollywood: a de continuar a dar oportunidades a atores brancos apesar dos seus filmes não se tornarem sucessos de bilheteira.

O artigo pretendia refletir como a indústria do cinema costuma dar muitas segundas oportunidades a "estrelas masculinas brancas bonitas" mas não a mulheres e minorias, mas várias pessoas reagiram no artigo e as redes sociais afirmando que era um ataque desnecessariamente brutal e pessoal ao ator, sendo injusto centrar apenas nele a culpa pelo sistema racista de Hollywood.

Poucas horas antes da despedida do Twitter, o próprio Armie Hammer afirmou que a autora acertara "mais ou menos" na cronologia dos eventos mas descreveu a decisão de de focar na sua carreira e o seu ponto de vista como "amargamente fo****".

E concluiu: "Talvez seja apenas um tipo que adora o seu trabalho e recusa-se a fazer outra coisa".

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