O produtor de cinema caído em desgraça Harvey Weinstein e a sua antiga empresa de produção são o alvo de um processo de 10 milhões de dólares, apresentado por uma ex-produtora associada da série da Netflix "Marco Polo".

O processo, apresentado na passada quarta-feira em nome de Alexandra Canosa no Supremo Tribunal de Nova Iorque, acusa Weinstein, de 65 anos e pai de cinco filhos, de "feridas físicas substanciais, dor, sofrimento, humilhação e angústia mental". E quer uma indemnização de mais de 10 milhões de dólares.

"As causas da ação legal baseiam-se em assédio sexual sistemático, intimidação sexual, abuso emocional, agressão e violência contra a autora do processo por parte do acusado, Harvey Weinstein, durante vários anos até 2017", segundo o processo.

Os supostos abusos ocorreram quando Canosa era funcionária de Weinstein e da Weinstein Company.

Canosa aparece como produtora associada na série da Netflix "Marco Polo", da qual Weinstein era produtor executivo antes de perder a sua carreira.

Weinstein "deixou claro que se não realizasse os seus desejos, ou se ela expusesse a sua conduta indesejada, haveria represálias, incluindo humilhação, perda do emprego e de qualquer oportunidade de trabalhar na indústria do entretenimento", sustenta a ação.

Canosa sustenta que a Weinstein Company "facilitou, escondeu e apoiou a sua conduta ilegal" e que membros do conselho de administração "conheciam, ou deveriam conhecer" a conduta de Weinstein e "não agiram para corrigir ou refrear tal atitude".

Esta quinta-feira, um representante de Weinstein não quis fazer comentários.

Desde que o jornal The New York Times e a revista The New Yorker revelaram a sua conduta a partir de 5 de outubro, mais de 100 mulheres acusaram o produtor de abusos que vão do assédio sexual à violação.

O escândalo acabou com a sua carreira. Foi demitido pelo estúdio de cinema que leva o seu nome a 8 de outubro e já enfrenta outros processos judiciais.

Weinstein nega as acusações de sexo não consensual e diz que nunca fez represálias contra mulheres por negarem os seus avanços.

De acordo com a lei norte-americana, a violência pode incluir feridas físicas, mas também contacto insultuoso ou ofensivo, o que inclui tocar em alguém de forma hostil contra a sua vontade.

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