O velório decorrerá a partir das 18:00 de sábado, na Basílica da Estrela, e o funeral realiza-se no domingo, a partir das 14:00, para o cemitério dos Prazeres, onde ficará sepultada no Talhão dos Artistas.

A atriz Maria Eugénia, 89 anos, morreu na quinta-feira, em Lisboa, aos 89 anos.

Estreou-se como atriz no filme "A menina da rádio" (1944), de Arthur Duarte, no qual interpretava o papel da "menina Geninha" e onde contracenou, entre outros, com Maria Matos, António Silva, Curado Ribeiro e Maria Olguim.

O sucesso da "nova estrela do cinema", como se lhe referiu a imprensa da época, levou-a a voltar ao cinema, pela mão do mesmo realizador, para participar em "O leão da Estrela" (1947).

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou hoje condolências à família da atriz, sublinhando a carreira "curta mas impressiva" de Maria Eugénia.

O ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, lamentou a morte da atriz, descrevendo-a como "uma mulher inesquecível", que "já fazia parte da memória coletiva como a eterna 'Menina da Rádio'".

A Academia Portuguesa de Cinema também lamentou a morte de Maria Eugénia, afirmando que bastaram sete filmes para ter um "lugar inesquecível na História do cinema português".

A fotogenia e a "naturalidade de desempenho" de Maria Eugénia, como escreveu jornal O Século, alertaram os setores de cinema de Espanha e de Itália para a atriz.

Em Espanha, participou em filmes como "O hóspede do quarto n.º 13", uma coprodução luso-espanhola, e ainda "Los héroes del 95" (1947), de Raúl Afonso, "Cuándo los ángeles duermen" e "Conflicto inesperado", ambos de 1947 e de Ricardo Gascón.

Nestes dois últimos filmes contracenou, entre outros, com o ator Amedeo Nazzari (1907-1979) que levou a que o realizador Vittorio de Sica a convidasse para ir filmar a Itália. A atriz portuguesa recusou o convite.

Além do cinema e da rádio, a atriz participou também em várias peças de teatro, tanto em Espanha como em Portugal, e desenvolveu uma carreira de cantora, em vários programas radiofónicos.

A atriz pôs fim a uma "fulgurante carreira", como noticiou a imprensa, quando se casou com o médico António Pinto do Amaral, de quem se divorciou anos mais tarde.

Em 2011 foi publicada a biografia "Maria Eugénia, A menina da rádio", de autoria de Rute Silva Correia.

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