Seis dos sete grandes estúdios em Hollywood estão a aumentar a pressão para que os filmes fiquei disponíveis mais cedo em casa das pessoas.

Warner, Fox, Universal,  Paramount, Sony e Lionsgate são os que, de acordo com a Variety, acreditam que existe um público disposto a pagar mais para ver os filmes com outra antecedência fora das salas de cinema.

A opção seria compensar os exibidores com uma parte desse extra.

Atualmente, a maioria dos filmes fica disponível para aluguer nos EUA cerca de 90 dias após a sua estreia, a chamada "janela de exibição".

Este modelo, defendem muitos em Hollywood, é obsoleto numa época em que cada vez mais consumidores têm interesse em ver novos filmes pela primeira vez em "video on demand" do que nas salas.

Estes estúdios também pensam que os custos de marketing podiam ser mais eficientes se não tiverem de lançar duas campanhas, uma para a estreia nos cinemas e outra para a chegada às outras plataformas, que são cada vez mais importantes numa altura em que as vendas em DVD continuam a cair e aumenta a pressão de serviços como Netflix e Amazon Prime.

O que falta é os estúdios chegarem a um acordo no modelo.

Kevin Tsujihara, CEO da Warner, chegou a defender os 50 dólares [46 euros] para o 'video on demand' de filmes cerca de 17 dias após a estreia, mas outros estúdios, principalmente Fox e Universal,  acham que pode ser um valor exagerado.

Os 30 dólares [quase 28 euros] de aluguer para filmes que fiquem disponíveis entre 30 a 45 dias após a chegada às salas podem ser um compromisso, embora a Universal, mais agressiva nas conversações que estão a decorrer com os representantes de salas de cinema como AMC, Regal e Cineplex, aposte nos 20 a 30 dias.

O único estúdio que não manifestou interesse neste debate é a Disney, cujos filmes, desde as animações aos títulos da Marvel e da saga "Star Wars", continuam a resistir bem no mercado tradicional das estreias.