O alinhamento dos concertos do guitarrista português inclui temas do álbum “Zeca”, numa referência aos 50 anos do 25 de Abri, com o qual venceu o Prémio Carlos Paredes em 2021.

“Zeca” inclui dez temas "emblemáticos" da carreira de José Afonso, disse Pedro Jóia à agência Lusa, nas vésperas de saída do álbum, realçando a faceta de "cidadão empenhado" do autor de "Índios da Meia Praia".

O álbum inclui temas como “A Formiga no Carreiro", "A Morte Saiu à Rua", "Venham Mais Cinco" ou "Balada de Outono".

Nesta digressão, Jóia vai também tocar temas do álbum “Mosaico”, saído em fevereiro e no qual gravou essencialmente composições suas.

“O que me faz compor é uma imensa procura no instrumento, porque é daí que vem tudo, digamos, a inspiração, aquilo a que chamamos a inspiração, que é uma coisa um bocado vaga, no sentido em que não acredito muito na inspiração que não vem do nada. A inspiração procura-se e eu procuro-a muito na guitarra. Estas composições são fruto de muita procura no instrumento”, disse Jóia à Lusa a propósito de “Mosaico”.

Do alinhamento de “Mosaico” fazem parte os temas “Acqua Alta” (variações sobre dois motivos de Antonio Vivaldi), “Catânia”, “O Luar dos Peixes” e “Fadinho do Atentado”, entre outros.

No dia 25 de abril, o artista sobe ao palco do Triveni Kala Sangam, em Nova Deli, e no dia 29 de abril do Birla Sabhagar, em Kolkata.

Em maio, já em Portugal, tem previsto atuações na Póvoa de Varzim, no dia 17, no Cine-Teatro Garrett, e em Setúbal, no dia 29, no Fórum Luísa Todi, num espetáculo de Tim, a voz dos Xutos & Pontapés.

Em junho atua na República Checa e em Espanha, respetivamente, no Teatro Dobeška, em Praga, no dia 10, e em Barcelona, no dia 12.

Pedro Jóia atua no dia 20 de julho, em Portimão, voltando a terras algarvias no dia 15 de setembro, com uma atuação agendada para S. Bartolomeu de Messines.

Com cerca de 30 anos de carreira, o artista começou a tocar guitarra aos 7 anos com Paulo Valente Pereira, na Academia dos Amadores de Música, em Lisboa, estudando posteriormente com Manuel Morais, e, mais tarde, guitarra flamenca com Paco Peña, Gerardo Nuñez e Manolo Sanlúcar.

Entre 1997 e 2003 lecionou na Universidade de Évora, tendo seguido para o Brasil, onde trabalhou, entre outros, com Ney Matogrosso e Gilberto Gil.

Recentemente, além do Quarteto Arabesco com quem colabora e do seu próprio trio, formado com Norton Daiello e João Frade, tem tocado com Raquel Tavares, Ricardo Ribeiro e Mariza, entre outros.