Quase 25% das bandas e músicos programados para o festival The Great Escape, que destaca a cena independente britânica e que começou esta quarta-feira, 15 de maio, e continuará até sábado, dia 18, na cidade costeira do sul da Inglaterra, juntaram-se nos últimos dias a uma campanha chamada "Bands Boycott Barclays" (Bandas Boicotam Barclays).

A campanha procura convencer os festivais a encerrarem sua colaboração com o banco britânico, acusado por artistas e ativistas de manter "vínculos financeiros com empresas que vendem armas a Israel".

Uma carta aberta a pedir aos organizadores do festival para romperem com o Barclays, publicada em março, foi assinada por centenas de associações, editoras, fãs de música e artistas, incluindo grandes nomes que não participaram no evento, como Massive Attack ou Brian Eno.

Até ao momento, 126 grupos ou artistas recusaram atuar no festival, que decorre em Brighton desde 2006, e os cinco concertos de abertura previstos para quarta-feira à noite tiveram de ser cancelados.

Questionado sobre a venda de armas na semana passada durante a sua assembleia geral em Glasgow, o Barclays negou ter investido ou possuir ações em empresas que fornecem armas a Israel.