O espectáculo Rockin’1000 – A Maior Banda de Rock do Mundo reunirá no relvado do estádio Dr. Magalhães Pessoa um total de 1.000 músicos amadores e profissionais, de várias nacionalidades à escala global - 200 bateristas, 300 guitarristas, 200 baixistas, 50 teclistas e 250 cantores - que, durante duas horas, interpretarão grandes clássicos do rock internacional sem esquecerem o rock português.

Em informação avançada à agência Lusa, a promotora portuguesa MOT – Memories of Tomorrow, argumentou que a estreia nacional do Rockin’100 em Leiria “será um dos concertos mais esperados e de maior dimensão, para além da óbvia complexidade técnica e logística” envolvida.

“Este projeto é, porventura, o maior desafio que até hoje decidimos abraçar. Temos vindo a acompanhar o sucesso do Rockin´1000 ao longo dos anos e a perceber o quão impactante é o espetáculo para os 1.000 músicos, mas, acima de tudo, para o público”, declarou Tiago Castelo Branco, diretor executivo da MOT.

Aquilo que hoje é um espetáculo que soma digressões mundiais - já passou por grandes estádios em França, Espanha, Alemanha ou Brasil, entre outros países - nasceu, em finais de julho de 2015, em Cesena (Itália), como um convite aos norte-americanos Foo Fighters para que tocassem na localidade, cujo vídeo se tornou viral à escala global, somando hoje mais de 64 milhões de visualizações no YouTube.

A ideia de Fábio Zaffagnini, o geólogo marinho que sonhou levar os Foo Fighters a Cesena e é o fundador do Rockin'1000, foi concretizada três meses mais tarde, no início de novembro de 2015: a banda de Seattle viria a fechar a sua digressão mundial da altura naquela localidade, com o vocalista e ex-baterista dos Nirvana, Dave Grohl, a mostrar-se emocionado e impressionado pela devoção dos 1.000 fãs italianos que, no vídeo, se tinham juntado para tocar o single Learn to Fly.

O concerto em Cesena (cujo alinhamento começou, precisamente, por "Learn to Fly") acabou por se transformar no ponto de partida do projeto Rockin'1000, originando concertos em diversos países e resultando, também, no documentário “We are the thousand” ("Nós somos os mil", no título em português).

A 7 de julho de 2019, 1.002 músicos atuaram na Alemanha, no estádio do Eintracht Frankfurt, perante 15.000 mil espectadores, tendo o concerto ficado registado com um recorde mundial, o de maior banda de rock ao vivo.

A comunidade internacional de músicos que se reúne em redor do Rockin'1000 ascende, atualmente, a cerca de 80.000 pessoas e todo o processo de recrutamento, logística e relacionamento com os participantes em futuros concertos é realizado através de uma aplicação informática, de registo livre e permanentemente aberta, disponível a partir da página www.rockin1000.com

No registo, os músicos interessados terão de enviar um vídeo onde demonstrem os seus conhecimentos do instrumento por si escolhido, passando assim a inscrever o seu nome na base de dados mundial.

Haverá, depois, um dia específico para as inscrições de um determinado concerto (o chamado ‘click day’, que em Leiria está agendado para 15 de maio), onde os registados na base de dados se podem inscrever para estar presentes no concerto da estreia exclusiva do Rockin'1000 em território nacional.

Os candidatos, que viajam a expensas próprias e atuam voluntariamente, terão depois um mês, até 15 de junho, para confirmar ou cancelar sua participação, sendo normal existirem listas de espera de centenas ou mesmo milhares de músicos, para além dos 1.000 que conseguem garantir, logo à partida, um lugar no ‘click day’.

Citado na informação disponibilizada pela MOT, Fabio Zaffagnini, fundador do Rockin'1000, manifestou-se entusiasmado pela primeira atuação em Portugal: “Esta nova etapa da nossa jornada é uma oportunidade emocionante para nós, e estamos confiantes de que será uma experiência extraordinária”, enfatizou.

Notando que, em quase uma década, o projeto tem permitido aos seus promotores ampliar a sua cultura e compreensão da música rock, “através de encontros com músicos muito diferentes, famosos ou não”, há uma constante que permanece inalterada, a reação do público.

“Onde quer que vamos, vemos espectadores em pé, dançando e cantando a plenos pulmões da primeira à última música. É uma emoção difícil de descrever em palavras. A única maneira de entender o que acontece é… participando!”, desafiou Fabio Zaffagnini.