Taylor Swift editou esta sexta-feira "The Tortured Poets Department", o seu décimo primeiro registo de estúdio, com o qual promete voltar a abanar o panorama da pop.

Na madrugada desta sexta-feira, 19 de abril, a cantora anunciou de surpresa, nas redes sociais, que este é um álbum duplo, cujo título completo é "The Tortured Poets Department: The Anthology".

A norte-americana acrescentou 15 canções ao alinhamento avançado inicialmente, num total de 31 temas e mais de duas horas de duração.

O lançamento do disco tinha sido anunciado em fevereiro, durante a cerimónia dos Grammys, nos quais Swift conquistou o prémio Álbum do Ano pela quarta vez. Com este novo registo, a artista de 34 anos, que começou a carreira na country, aposta em conquistar o quinto prémio na categoria.

Desde que a cantora revelou que o álbum sairia a 19 de abril, a sua legião de fãs trabalha sem parar, tentando adivinhar o conteúdo das canções, os artistas convidados e outras pistas.

A teoria dominante é que "The Tortured Poets Department" (Departamento dos Poetas Torturados, em tradução literal) se concentra no seu ex, o ator britânico Joe Alwyn, com quem se relacionou entre 2016 e o ano passado.

Alwyn (do filme "A Favorita") e o seu colega Paul Mescal ("Normal People") revelaram em 2022 que tinham um grupo de conversas denominado "The Tortured Man Club" (O Clube do Homem Torturado), no qual também estava Andrew Scott ("Fleabag", "Ripley").

Os 'swifties', como são conhecidos os seus fãs, acreditam que o título do novo álbum faça alusão a este círculo.

"Vale tudo no amor e na poesia...", disse a primeira publicação que Swift fez no Instagram, promovendo o álbum.

Entre os títulos das canções estão "Down Bad", "So Long, London", "I Can Fix Him (No Really I Can)" e "The Smallest Man Who Ever Lived".

Post Malone e Florence + The Machine estão entre as participações.

Letras sobre os ex

Swift já usou a receita de sucesso de compor canções inspiradas nos ex-namorados, incluindo John Mayer e Jake Gyllenhaal.

O seu companheiro atual, o jogador de futebol americano Travis Kelce, elogiou o novo álbum.

"Ouvi uma parte, sim, e é incrível", disse Kelce à imprensa em fevereiro.

Segundo várias estimativas, a digressão mundial, "The Eras Tour" está prestes a tornar-se a série de espetáculos de maior receita de bilheteira da história da música, com uma faturação de mais de mil milhões de dólares (940 milhões de euros, na cotação atual).

E ao ganhar o Grammy pela quarta vez, a cantora consagrou-se como a artista com mais prémios de álbum do ano, superando Frank Sinatra, Stevie Wonder e Paul Simon.

Com um património líquido estimado em 1,1 mil milhões de dólares (1,03 mil milhões de euros), Swift também se tornou o primeiro artista - homem ou mulher - a superar a marca de dez dígitos graças exclusivamente à receita obtida com a sua música.

Pós-Beyoncé e pré-Billie Eilish

Nascida na Pensilvânia em dezembro de 1989, Swift começou a compor canções profissionalmente na adolescência, na cena country.

Após uma disputa pública com a sua editora, Big Machine, e quando já tinha migrado para o pop, tomou a decisão de regravar completamente os seus seis primeiros álbuns para recuperar os direitos sobre o material.

A jogada valeu a pena, pois encantou os seus antigos fãs, trouxe novos e a ajudou a ganhar mais respeito na indústria.

Espera-se que com "The Tortured Poets Department" volte a dar o que falar, embora tenha de enfrentar a concorrência de nomes de peso como Beyoncé e Billie Eilish na próxima temporada de prémios.

Beyoncé voltou a abalar as estruturas com o lançamento, no fim de março, de "Cowboy Carter", o seu álbum de inspiração country.

As semanas que separam os dois lançamentos, no entanto, dão a oportunidade às duas mega-estrelas de saborear o sucesso nos tops.

Eilish, jovem artista multipremiada, lançará o seu terceiro álbum, "Hit Me Hard and Soft", a 17 de maio.

Apesar da aparente concorrência, estas três personalidades do pop deixaram claro que o que lhes importa é fazer música.

Compor para o novo álbum "fez-me recordar por que escrever canções é algo que me motiva na vida", disse Swift aos seus fãs num recente espetáculo.

"Nunca tive um álbum no qual precisasse tanto escrever canções como neste", afirmou.