A cantora, de 24 anos, foi elogiada mas também criticada por este videoclip viral, gravado na comunidade do Vidigal, no Rio de Janeiro, em que exibe a sua celulite, rebola em frente de rappers hipnotizados e aparece a apanhar sol numa pedra com várias raparigas com biquínis feitos de fita isoladora.

Para algumas feministas, a hipersexualização exibida no videoclip contribui para a objetificação das mulheres, enquanto outras consideraram o vídeo um instrumento de poder feminino.

E Anitta, considera-se feminista?

"Sim. Como mulher tento fazer a minha parte. Falta muito ainda para que todas nós tenhamos direitos iguais" aos dos homens, respondeu esta terça-feira Anitta numa breve entrevista por e-mail à AFP.

"O machismo no Brasil é muito grande. Mas acredito na mudança. Juntas somos mais fortes", acrescentou.

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Um dos pontos mais criticados de 'Vai Malandra' é a contratação, como diretor, do fotógrafo de moda Terry Richardson, vetado recentemente de revistas de renome como a Vogue por denúncias de assédio sexual.

Quando estourou a polémica, Anitta disse que quando soube das acusações contra Richardson, após a gravação do vídeo, estudou o que poderia ser feito juridicamente, e que, apesar de repudiar qualquer tipo de assédio, decidiu prosseguir com o lançamento do videoclip, por respeito às pessoas que tinham trabalhado nele.

De um 2017 histórico... ao Mundial na Rússia em 2018?

Com milhões de seguidores nas suas redes sociais, Anitta, que atuou no Réveillon da praia de Copacabana para 2,4 milhões de pessoas, consagrou-se no ano passado como a rainha do pop no Brasil.

Depois de um 2017 repleto de parcerias internacionais e de lançamentos de singles em inglês, como "Is that for me", e em espanhol, como "Paradinha" e "Downtown", com J Balvin, o seu nome começa a ganhar força fora do país.

O ano de 2017 "foi muito importante na minha carreira. (...) Considero que marcou a minha história para sempre", disse a cantora, citando 'Check Mate', projeto audacioso em que lançou um vídeo por mês de setembro a dezembro, e que acaba de concluir com "Vai Malandra".

O sucesso de "Vai Malandra", aliás, é significativo: já acumula 90 milhões de visualizações em pouco mais de 15 dias no YouTube.

E é graças a este sucesso- que chegou a estar no top 20 global do Spotify e que a levou a entrar no top 10 de um ranking da Billboard - que alguns já se aventuram a compará-la com divas como Shakira, Rihanna ou Beyoncé.

Anitta orgulha-se, além disso, de ajudar a dar cara nova à riqueza musical do Brasil no exterior, mundialmente associada ao samba ou à bossa nova.

"Acho que o facto de estarmos com um funk lá fora mostra ainda mais a nossa diversidade musical. [É] Importante pra tanta gente que trabalha com música e com o funk", afirmou.

"Tenho algumas músicas já prontas para 2018. Muita coisa legal está por vir", disse a artista, misteriosa, sobre os próximos passos da carreira.

Questionada sobre os rumores de que poderia ter alguma participação no Mundial de Futebol de 2018, na Rússia, a cantora negou inicialmente, mas demonstrou interesse: "Não houve convite. Eu adoraria, claro!".

Anitta vai estrear-se em Portugal com um concerto no Rock in Rio Lisboa, a 24 de junho.

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