O júri da Secção Competitiva para a
Melhor Longa-Metragem, formado pela actriz Rita Blanco, o escritor José Luís Peixoto, Michèle Philibert, directora artística e programadora, o jornalista e crítico Thomas Abeltshauser e o jornalista e realizador Gorka Cornejo escolheu para filme vencedor
«El Último Verano de la Boyita», de Julia Solomonoff (Argentina).

"Através da história de amizade entre uma jovem curiosa e um hermafrodita, o filme oferece-nos um exemplo de empatia e solidariedade, combinando beleza e crueldade. Evitando julgamentos, clichés e superficialidade, frequentemente presentes em filmes convencionais com crianças", declarou o júri. O prémio, no valor de 1.000,00 €, é patrocinado pela Absolut Vodka.

Foi atribuída ainda uma Menção Honrosa ao filme «Open», do norte-americano Jake Yuzna, pela "sua autêntica, ousada e comovente representação da vida e amor queer, desafiando os conceitos de género e identidade".

O prémio para
Melhor Actor foi para
Lucas Ferraro pela sua performance em «Plan B», do argentino Marco Berger, filme exibido após a entrega dos prémios. "O actor, de modo convincente e cativante, guia-nos através das suas inseguranças enquanto explora a sua sexualidade e questiona as suas próprias definições de masculinidade", defendeu o júri.

No prémio para a
Melhor Actriz o júri decidiu premiar as três performances femininas do filme «El Último Verano de la Boyita», da também argentina Julia Solomonoff:
Guadalupe Alonso, Mirella Pascoal e Nicolas Treise. Esta decisão especial baseia-se na "leveza com que encarnam os três complexos papéis. Enquanto Guadalupe nos encanta e contagia com o seu generoso olhar sobre a vida, Mirella constrói com mestria uma abordagem subtil e complexa ao que é ser mãe de uma criança queer. Nicolas Treise tem uma representação queer e sincera, ao mesmo tempo contida e comovente".

Na secção documental, o júri, formado pela realizadora Veronika Minder, em conjunto com Rui Pedro Tendinha, jornalista de cinema, e Adília Godinho, jornalista da RTP, escolheu o documentário
«Angrarna - Regretters» para filme vencedor da Secção Competitiva para o
Melhor Documentário.

Realizado pelo sueco Marcus Lindeen, «Regretters» é, "pela forma como cruza o teatro com a vida, sempre com um cuidado cinematográfico notável, um filme que nos desvenda duas histórias surpreendentes que levantam questões de identidade/género, e a própria existência", disse o júri. O prémio é de 3.000,00 €, atribuído pela televisão oficial do Queer Lisboa 14, a RTP2, pela compra dos direitos de exibição do filme.

A Menção Especial foi para «I Shot My Love», realizado pelo israelita Tomer Heymann, merecedor de destaque "pela bravura de uma exposição íntima inédita num documentário que "redefine as fronteiras da intimidade em cinema".

Já o vencedor da Secção Competitiva para a
Melhor Curta-Metragem, escolhido pelo público, foi
«Toiletzone», realizada pelo francês Didier Blasco, que relata, sob o olhar de Théo, a estranha realidade vivida num WC de um grande centro comercial. O prémio, no valor de 500,00€, é patrocinado pela Manhunt.

O Queer Lisboa 14 decorreu entre 17 e 25 de Setembro no Cinema São Jorge, em Lisboa, e para o ano está já garantida mais uma edição do festival entre 16 e 24 de Setembro.

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