Um ativista planeja lançar balões cheios de hidrogénio com 100 mil cópias do filme «Uma Entrevista de Loucos» na Coreia do Norte.

A operação, que recebeu o apoio da Human Rights Foundation, com sede em Nova Iorque, para a produção dos DVDs e «pens» USB, não deverá ocorrer antes de março, quando os ventos do norte forem mais adequados.

Park Sang-hak, ele próprio um desertor da Coreia do Norte, afirma ter como objetivo «destruir o culto de personalidade do ditador Kim Jong-un», defendendo que a ditadura naquele país irá desmoronar-se se a idolatria for atacada. O filme, defende, pode contribuir para mostrar à população o mundo exterior e como é verdadeiramente o seu líder supremo, replicando o que acontece na ficção.

O filme é, recorde-se, uma sátira política sobre dois jornalistas encarregues pela CIA de assassinar o líder norte-coreano. Acredita-se que a sua estreia contribuiu para a perpetuação de um ataque informático à Sony Pictures que, segundo o FBI, foi arquitetado pelo governo norte-coreano.

Ainda que exista oposição por parte de algumas agências oficiais da Coreia do Sul, por receio de retaliações, as autoridades não manifestaram até ao momento a intenção de proibir a operação já que isso seria considerado um atentado à liberdade de expressão.

O envio de balões com material de propaganda para a Coreia do Norte é frequente. Em outubro de 2014, as duas Coreias chegaram a trocar tiros na fronteira após o Norte abater um desses balões com folhetos.

No entanto, mesmo que alguma cópia do filme não seja interceptada, poderá existir outro obstáculo: aparelhos de DVD e computadores são extremamente raros entre a população norte-coreana, sendo mesmo necessária permissão do governo para possuir qualquer um desses dispendiosos equipamentos.

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