"Black Panther" tornou-se um fenómeno de sucesso global, com receitas de 426,6 milhões de dólares no primeiro fim de semana de exibição. Do Quénia à Nigéria, o entusiasmo também chegou aos espectadores africanos.

O 18º filme do universo cinematográfico da Marvel é também um acontecimento cultural que espalha a sensação de que Hollywood finalmente preencheu uma lacuna, uma vez que à frente e atrás das câmaras predominam os talentos de raça negra.

Lupita Nyong’o é umas das atrizes e no programa matinal norte-americana The View explicou o que significava a cultura africana ser celebrada de uma forma tão colossal no filme e a existência do país fictício Wakanda.

"É tão libertador.  Viemos de um continente de grande riqueza, mas que foi atacado e abusado com muita frequência. O que o colonialismo fez foi reescrever a nossa história e a nossa narrativa, e a nossa narrativa global é de pobreza e conflito, e por isso a riqueza do continente é muito raramente vista a uma escala tão global.", disse a vencedora do Óscar por "12 Anos Escravo", que cresceu no Quénia.

"Portanto, o que este filme faz é que parece 'cool', parece futurista, mas está a inspirar-se nas culturas ancestrais. A diversidade deste filme é especificamente do continente", continuou.

"Wakanda é especial porque nunca foi colonizado, portanto o que todos podemos lá ver é uma reimaginação do que teria sido possível se a África tivesse sido autorizada a descobrir-se a si mesma. E é um lugar bonito", concluiu.