A exibição comercial de cinema em Portugal começou 2024 com uma perda de 4,5% de audiência face a janeiro de 2023, para um total de 870.558 espectadores, revelou o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA).

Os dados estatísticos da exibição de cinema relativos a janeiro demonstram ainda uma quebra de 9% nas receitas de bilheteira, comparando com janeiro de 2023, totalizando 5,2 milhões de euros.

A tendência também acontece nos EUA, onde as 'contas' são feitas principalmente em milhões de dólares: janeiro de 2024, com 513,6 milhões, é o valor mais baixo para este mês em mais de 25 anos, com a exceção da era da pandemia.

Do total de 870.558 espectadores que foram ao cinema em janeiro, 17.497 viram cinema português ou com produção portuguesa, o que resultou em cerca de 91.484 euros de receita de bilheteira.

Segundo o ICA, entre os filmes portugueses estreados em sala, o mais visto foi “A semente do mal”, a primeira incursão do realizador Gabriel Abrantes no cinema de terror, com 10.795 espectadores.

O segundo filme mais visto foi o documentário “Viagem ao sol”, de Susana de Sousa Dias e Ansgar Schaefer, com 1.675 espectadores.

A empresa Cinemundo começou 2024 a liderar o mercado da distribuição cinematográfica, com 2,2 milhões de euros de receita de bilheteira, seguindo-se a NOS Lusomundo Audiovisuais com 1,3 milhões de euros.

Em janeiro, e comparando com o mês homólogo de 2023, a Alambique foi a distribuidora que teve um maior aumento de receita de bilheteira (521%), passando de 31.833 euros para 197.969 euros.

Em termos de audiência, o número quintuplicou para a Alambique, passando de 6.558 para 34.708 espectadores e o aumento deveu-se à aposta na distribuição em sala dos filmes “A Zona de interesse”, de Jonathan Glazer, e de “Dias Perfeitos” e “Anselm – O Som do Tempo”, ambos de Wim Wenders.

Na exibição, a líder de mercado é a NOS Lusomundo Cinemas e em janeiro arrecadou mais de metade – 3,4 milhões de euros – do total de 5,2 milhões de euros de receita bruta de bilheteira.