Spike Lee levou para casa o prémio de Melhor Argumento Adaptado por "BlacKkKlansman: O Infiltrado", uma história sobre um agente policial negro que conseguiu infiltrar-se nos estratos mais altos da organização Ku Klux Klan.

Num discurso em que revisitou a história da escravatura nos Estados Unidos, Lee lembrou a sua avó, que foi para a faculdade, "apesar de ser uma escrava" e - sem mencionar Trump - pediu aos eleitores que se posicionem "do lado certo da história".

"Seria bom se Spike Lee pudesse ler as suas anotações, ou melhor ainda, se não tivesse de usar qualquer anotação enquanto fazia esse ataque racista contra o seu presidente", afirmou Trump no Twitter.

Trump defendeu-se dizendo que "fez mais pelos afro-americanos" do que qualquer outro presidente na história, citando a reforma da justiça penal, os mínimos históricos do desemprego e os cortes fiscais.

No seu discurso no domingo, Lee fez um apelo para que os norte-americanos votem.

"As eleições presidenciais de 2020 estão a chegar. Vamos movimentar-nos, vamos ficar do lado certo da história, vamos fazer a escolha moral entre o amor e o ódio, vamos fazer a coisa certa!", exclamou.

Durante mais de 30 anos, Lee cativou o público - e algumas vezes enfureceu-o - com o seu retrato tenso dos Estados Unidos, com uma mistura de entretenimento, ativismo e revolta.

Muitos dos seus filmes têm um ângulo marcadamente político, como "Não Dês Bronca" e "Malcom X".