O estreante Lorenzo Ferro, de 18 anos, encarna o célebre criminoso de rosto angelical, atualmente preso, e Chino Darín, de 29 anos, o seu cúmplice.

Sob a direção de Luis Ortega, os atores dão vida a dois jovens que estabelecem uma profunda amizade que os leva a perpetrar uma série de roubos e assassinatos, num drama que tem Pedro Almodóvar entre os produtores.

AFP: Como é que se prepararam para encarnar Carlos e Roberto?
Chino Darín (C.D.): Houve um trabalho de pesquisa, do qual depois nos desligámos completamente porque havia o impulso criativo do Luis (Ortega) para contar uma história própria e fazer um filme que valha por si mesmo, para além do caso de Robledo Puch.
Lorenzo Ferro (L.F.): Comecei por ler o livro [de Rodolfo Palacios, no qual o filme foi inspirado], mas demos conta de que a abordagem não ia para o lado do livro, mas sim para o do argumento. A partir da base do guião, começámos a a voar com a mente do Luis.
C.D.: O Carlos Roberto Puch do cinema não deixa de ser uma criação de algo que foi surgindo nos ensaios, investigando detalhes que se descolavam da história real. O Luis resgata esta história real para falar de outras coisas interessantes da vida, além do mundo do crime, como a perda da inocência, os limites, a existência de Deus...

Como é que um ator estreante encara uma personagem tão complexa como Carlitos, um assassino em série apresentado como uma pessoa cheia de ingenuidade?
L.F.: Não sei se sou ator (risos). Sim, é muito complexo enquanto personagem. Isso foi o mais difícil: fazer dele uma pessoa mais simples e que aos poucos vai saltando essa complexidade.

O tema da homossexualidade é abordado de uma maneira muito subtil.
C.D.: O tema que o filme trata, além da homossexualidade, inclui uma forte componente sexual, também sensual, com essa ingenuidade e inocência da personagem. São duas pessoas que se reconhecem, se encontram, estão à procura de algo e decidem fazer parte desse caminho juntas. Há magnetismo.

Como pensam que o filme será recebido na Argentina?
C.D.: Penso que vai correr tudo bem se as pessoas o forem ver à espera de um biopic de Robledo Puch e encontrarem uma orquestra de Luis Ortega. É, sem dúvida, uma história atrativa para o público.

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