"Exterminador Implacável: Destino Sombrio" é mais uma uma desilusão de bilheteira em 2019, apesar da expectativa por juntar Arnold Schwarzenegger e Linda Hamilton como os icónicos T-800 e Sarah Connor pela primeira vez em 28 anos.

Entre orçamento, despesa de marketing e taxas de distribuição, os analistas das bilheteiras estimavam que precisaria de chegar aos 450 milhões de dólares para ser um sucesso. A realidade é muito diferente: quase 250 milhões ao fim de três semanas, ainda assim superando as previsões iniciais mais pessimistas de que ficaria pelos 180 a 200 milhões.

Ainda a  "processar" o que aconteceu, o realizador Tim Miller diz estar "muito orgulhoso do filme" numa entrevista de balanço ao The Hollywood Reporter, apesar de reconhecer que se "podia escrever um livro" sobre as razões para ter falhado.

Segundo ele, críticos e espectadores parecem convergir num ponto inultrapassável: "as coisas que pareceram detestar mais sobre o filme foram coisas que não podia controlar. Não posso controlar que não tenham gostado do 'Genisys' [o quinto filme, de 2015] ou sentido traídos pelo 'A Salvação' [o quarto, com Christian Bale, de 2009]. Não posso ajudar nisso."

O realizador Tim Miller com Linda Hamilton, Natalia Reyes, Diego Boneta, Mackenzie Davis, Gabriel Luna e Arnold Schwarzenegger

Tim Miller também confirma que houve divergências nos bastidores: James Cameron, criador da saga e realizador dos dois primeiros filmes, que agora assumiu o papel de produtor e consultor da história, causou impacto ao dizer em outubro que "o sangue ainda está a ser esfregado das paredes dessas batalhas criativas".

O realizador de "Destino Sombrio" indica que muitas das desavenças tiveram a ver com pequenas frases no argumento que ele achava "poéticas e bonitas" e Cameron não estava interessado, bem como as visões para o "novo" futuro": Cameron queria os humanos a ganhar, como aconteceu nos seus filmes, Miller preferia que fosse uma batalha perdida.

Tim Miller acrescenta que o mais provável é não voltar a trabalhar com James Cameron porque não quer voltar a estar numa situação em que não tem "o poder para fazer o que penso estar certo", a mesma razão que já o tinha levado a desistir de "Deadpool 2" após choque com Ryan Reynolds.

Ainda assim, a relação parece estar em bons termos: está combinado um encontro em dezembro, quando Cameron fizer uma pausa de "Avatar" e regressar a Los Angeles.