O premiado cineasta Mohammad Rasoulof e o seu colega Mostafa Aleahmad foram detidos por eventos relacionados com o desabamento do prédio, que causou 43 mortos na cidade de Abadan a 23 de maio.

O edifício Metropol, que estava em construção em Abadan, uma das principais cidades da província de Khuzestan, no sudoeste do país, desabou parcialmente numa rua muito movimentada.

A tragédia provocou vários protestos no país em solidariedade com as famílias das vítimas e contra as autoridades, acusadas de corrupção e incompetência.

Durante as manifestações, a polícia iraniana usou gás lacrimogéneo, deu tiros de advertência e anunciou detenções.

Muitos iranianos pediram o julgamento dos responsáveis pela tragédia.

Mohammad Rasulof, de 50 anos, venceu o Urso de Ouro do Festival de Berlim em 2020 pelo filme "O Mal Não Existe", mas não foi autorizado a viajar à Alemanha.

O passaporte de Rasulof havia sido confiscado depois da estreia do seu filme anterior "Lerd", em 2017, exibido em Cannes, onde venceu o prêmio na mostra "Um Certo Olhar".

A organização do Festival de Berlim criticou as detenções e exigiu a libertação dos artistas.