Ao contrário da nova versão de "Jumanji" com Dwayne Johnson, Kevin Hart, Jack Black e Karen Gillan, não havia uma grande história que justificasse a existência de "MIB: Homens de Negro - Força Internacional", reconheceu o principal responsável pelos filmes da Sony.

Tom Rothman comparou os dois filmes do estúdio ao comentar as críticas negativas e a desilusão comercial da sequela que era suposto relançar a saga sem Will Smith e Tommy Lee Jones para uma nova geração.

"Acho que a verdade é que os espectadores realmente gostaram desse filme e o elenco era maravilhoso, a  Tessa [Thompson] e o Chris [Hemsworth] foram ótimos e fizeram um excelente trabalho, mas se cometemos algum erro, acho que provavelmente foi o de que não havia uma ideia suficientemente forte na história. Principalmente quando comparado com, por exemplo, 'Jumanji', que tinha uma ideia muito, muito forte", explicou numa entrevista ao Business Insider.

Numa analogia desportiva, este responsável acrescentou que, apesar do bom nível, nunca se vai acertar sempre e é preciso continuar a assumir riscos.

"Acredito a sério que não se pode eliminar o risco no negócio do cinema. Se se tentar, vai eliminar-se a criatividade e se isso acontece, vai eliminar-se o sucesso", sintetizou.

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Segundo a imprensa especializada, o novo "MIB" custou entre 94 e 110 milhões de dólares, sem incluir despesas de promoção. Para atingir o lucro, precisava de arrecadar entre os 284 e 330 milhões nas bilheteiras, mas só conseguiu até agora 245 a nível mundial e nem chegou aos 80 nos EUA.

Tom Rothman deu a entender que o estúdio não ficou exposto a um grande rombo nas finanças porque o risco ficou controlado com a entrada de mais dois parceiros no orçamento.

Além disso, não dá a saga como terminada no cinema, recordando que "Força Internacional" ainda está nos cinemas e é preciso ver como corre no formato digital.

Este responsável deu o exemplo de "Bem-vindo à Zombieland", uma comédia com Woody Harrelson, Jesse Eisenberg, Emma Stone, Abigail Breslin e Bill Murray que ganhou popularidade com o vídeo e televisão após ter sido uma desilusão comercial em 2009.

"Estamos a fazer agora o 'Zombieland 2', o público está doido por isso. Mas se perguntassem a quem estava no meu lugar se íamos fazer outro algumas semanas após o carreira nas salas de 'Zombieland', teriam sido levados para um hospício", garantiu.

"Portanto, o 'Homens de Negro' continua a ser um ativo muito importante que o estúdio tem e ficaria muito surpreendido se ["Força Internacional"] fosse o último filme", concluiu.

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