"Os Willoughby" é a nova aposta da Netflix no mundo da animação. O filme produzido pela BRON Animation, em Vancouver, e da autoria do argumentista e realizador Kris Pearn ("Chovem Almôndegas 2") chegou esta quarta-feira, dia 22 de abril, à Netflix.

"O filme conta a história de amadurecimento de quatro crianças que, em vez de fugirem de casa, enganam os seus pais para que eles saiam, tendo depois de lidar com o mundo real. As crianças descobrem depois o que é preciso para serem realmente uma família e acabam numa viagem para voltarem a encontrar os seus pais. Ao longo do caminho, vão descobrir a diferença entre a família em que nascemos e a família que escolhemos. É uma aventura", explica Kris Pearn, realizador e guionista de "Os Willoughby", em entrevista ao SAPO Mag.

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A narrativa do filme de animação foi inspirada no livro de Lois Lowry. "Quando li o livro fiquei totalmente atraído pelo tom subversivo do Lois Lowry na literatura para crianças", conta o realizador. "O que mais gosto na história é a forma como distorce as expectativas sobre o que normalmente é comum na literatura infantil. E adoro a ideia de crianças independentes, que tentam encontrar um caminho para a vida. Quando era criança, nos anos 1980, adorava filmes como 'Conta Comigo' ['Stand By Me', no título original] e, de certa forma, este filme é uma carta de amor a tudo o que me influenciou durante o meu crescimento", confessa.

No filme, convencidos que estariam melhor sozinhos, as crianças Willoughby desenvolvem um plano sorrateiro para enviar os seus egoístas pais de férias. "Os irmãos embarcam então na sua própria aventura em busca do verdadeiro significado de família", explica a Netflix na sinopse do filme.

Os Willoughby

Além das quatro crianças que protagonizam "Os Willoughby", há um gato que vai narrando os acontecimentos. Na verão original, em inglês, a voz do narrador pertence a Ricky Gervais e, em Portugal, a dobragem ficou a cargo de Albano Jerónimo. "Gosto mais de cães, mas cresci numa quinta e sempre tive gatos, muitos gatos. Mas sinto-me sempre intimidado pelos gatos porque, geralmente, são a pessoa mais inteligente da sala. A independência deles é algo muito interessante. E, então, quando escolhemos o nosso narrador, pareceu-nos boa ideia apresentar o filme todo sob o ponto de vista do gato", revela Kris Pearn ao SAPO Mag, acrescentando que o gato será "uma espécie de guia para os espectadores".

Kris Pearn conta ainda que foi um dos responsáveis por escolher os atores que iriam dar voz às personagens do filme. Na versão original, além de Ricky Gervais (gato/narrador), o elenco conta com Will Forte (Tim), Alessia Cara (Jane), Seán Cullen (Barnaby A & B), Maya Rudolph (ama), Terry Crews (Melanoff), Martin Short (pai) e Jane Krakowski (mãe).

"Tive muita sorte com o elenco que conseguimos para as vozes. Foi uma espécie de um sonho tornado realidade", confessa o realizador, explicando que alguns dos diálogos foram alterados de acordo com a "química e a performance" dos atores. "Como escolhemos as vozes muito cedo, isso alterou algumas coisas no guião. Todo o processo foi pensado para conseguirmos a melhor forma de servir as vozes e as vozes servirem as personagens. Tudo isto demorou três anos", conta.

Já a versão em português conta com Filomena Cautela (ama responsável pelas crianças Willoughby), Rui Unas (Pai), Albano Jerónimo (Gato, o narrador da história), Vasco Palmeirim (Tim), Soraia Tavares (Jane, a destemida irmã do meio) e Pedro Ribeiro (Barnaby, gémeos e práticos irmãos mais novos).

Em conversa com o SAPO Mag, Kris Pearn confessa ainda que espera que o filme junte as famílias durante a quarentena. "Há quatro anos não poderíamos prever que hoje íamos estar nesta situação. Mas espero que este filme possa fazer as pessoas felizes", sublinha, acrescentando que o filme tem algumas metáforas com a atualidade.

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