As nomeações para os Óscares anunciadas na terça-feira foram elogiadas pela diversidade, menos num ponto: as mulheres ficaram completamente de fora da corrida para Melhor Filme e Melhor Realização.

"The Rider", de Chloé Zhao, "Private Life", de Tamara Jenkins" e "Leave No Trace", de Debra Granik são os principais exemplos dados pelos que ficaram descontentes: nenhum recebeu qualquer nomeação apesar da presença em listas de melhores do ano e presença em alguns prémios menos mediáticos.

Todos os outros filmes nas restantes categorias mais mediáticas, como as dos atores e argumentos, foram realizados por homens, com exceção de "Can You Ever Forgive Me?", realizado por Marielle Heller, que conseguiu nomeações para Melhor Atriz (Melissa McCarthy) Ator Secundário (Richard E. Grant) e Argumento Adaptado.

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Patty Jenkins, realizadora de "Mulher-Maravilha", não consegue explicar o que se passou este ano para a falta de representatividade feminina, mas tem uma teoria: o circuito ainda é muito fechado e há um longo caminho a percorrer, mesmo que a Academia dos Óscares esteja a fazer um grande esforço nos últimos anos para aumentar a diversidade dos votantes (foram convidados 928 pessoas só em 2018).

"A Academia está a trabalhar nisto, mas para mim a verdadeira questão é que, no fim de contas, independentemente do filme que se faz e do dinheiro que faz, e da diversidade do público, a Academia que vota ainda é muito, muito limitada. Ainda", explicou à Vulture a realizadora do maior sucesso de bilheteira de sempre dirigido por uma mulher, que também ficou com zero nomeações o ano passado.

"Por muito que a Academia esteja a trabalhar nisso, a vasta maioria dos votantes, principalmente para realizadores, são pessoas que têm tido sucesso como realizadores. Portanto, de quem se trata? É daí que estão a sair [estes nomeados]. Todos estes votos são feitos pelas mesmas pessoas", concluiu.

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