Estão escolhidos os sucessores de John Lasseter à frente da Disney e da Pixar.

Jennifer Lee vai ficar à frente da liderança criativa da  Walt Disney Animation Studios e Pete Docter ocupará essa posição na Pixar Animation Studios.

A primeiro juntou-se ao estúdio em 2011 como co-argumentista de "Força Ralph" (2012), mas o grande trunfo da carreira foi ter escrito e ainda co-realizado com Chris Buck "Frozen - O Reino do Gelo" (2013), um autêntico fenómeno cultural que ganhou o Óscar de Melhor Animação e mantém a posição do maior sucesso comercial do género, além de ter originado um musical da Broadway. Teve ainda um papel importante na definição criativa da história de "Zootrópolis" (2016) e está atualmente a trabalhar na sequela de "Frozen", que chega em novembro de 2019.

Já Pete Docter é um realizador e argumentista veterano da Pixar. Começou por ser um dos que escreveu a história de "Toy Story: Os Rivais" (1995), a primeira longa-metragem de animação do estúdio, contribuindo também para "Toy Story 2 - Em Busca de Woody" (1999) e "WALL·E" (2008). Escreveu e realizou "Monstros e Companhia" (2001), "Up - Altamente" (2009) e "Divertida-Mente" (2015).

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A Walt Disney Company comprou a Pixar em 2006 e desde então John Lasseter supervisionava a produção de ambos os estúdios como chefe criativo. A 9 de junho, ele anunciou a sua saída no final do ano, mantendo até essa altura um papel não especificado de "consultor".

O realizador pioneiro de "Toy Story" e "Toy Story 2" e chefe criativo tanto da Disney como da Pixar viu-se forçado a tirar uma licença desde novembro do ano passado, quando admitiu num comunicado interno que causou "incómodo" à sua equipa com abraços indesejados e que falhou em garantir uma cultura de "confiança e respeito" entre os seus funcionários.

Conhecido por transformar a Pixar de um pequeno departamento de efeitos informáticos da Lucasfilm no estúdio de animação com mais sucesso do mundo, o vencedor de dois Óscares não era só um dos mais bem-sucedidos animadores da História: muitos viam-no como o sucessor de Walt Disney.

A sua saída tornou-se mais um capítulo da onda de escândalos de abuso sexual em Hollywood originada pelas denúncias contra o produtor Harvey Weinstein.