Poucos minutos após a divulgação de uma carta-aberta assinada por diversas personalidades de Hollywood a condenar os planos para excluir quatro categorias da cerimónia em direto, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas lançou um comunicado  a defender e clarificar a decisão.

Na segunda-feira, a Academia revelou as quatro categorias cortadas para a cerimónia não ultrapassar as três horas.

Fotografia, Montagem, Caracterização e Curta-Metragem em Imagem Real serão anunciadas nos intervalos e uma "montagem" desses momentos será exibida ainda durante o evento, enquanto a versão completa passa em direto em Oscar.com e nas redes sociais.

A decisão foi bastante criticada em Hollywood, incluindo por Guillermo del Toro, Alfonso Cuarón, Russell Crowe e a própria organização americana dos diretores de fotografia.

O mesmo aconteceu numa carta-aberta divulgada na quarta-feira à noite assinada por dezenas de personalidades de Hollywood ligadas à fotografia e realização, incluindo Martin Scorsese, Quentin Tarantino, Spike Lee, Ang Lee e Damien Chazelle.

"Gostaríamos de vos garantir que nenhuma categoria de prémios na 91ª cerimónia dos Óscares será apresentada de uma forma que menoriza os feitos dos seus nomeados e vencedores como inferiores às outras", explica o texto enviado aos votantes nos Óscares assinado pelo presidente da Academia John Bailey e os outros responsáveis principais.

A organização salienta que "notícias imprecisas e mensagens nas redes socias" causaram "uma corrente de desinformação que compreensivelmente perturbou muitos membros da Academia".

Foi recordado que as quatro categorias foram escolhidas para o diferido após os representantes dos respetivos comités na Academia se terem voluntariado para a experiência.

Uma das notícias salientava que apenas os discursos dos vencedores da categorias seriam transmitidos em diferido, cortando tanto as introduções das estrelas como o anúncio dos nomeados, mas o texto da Academia refere apenas que ficará de fora o tempo que os premiados demoram a chegar ao palco e depois a sair.

Foi ainda repetida a intenção de escolher "quatro a seis" categorias em rotação para ficarem de fora em futuras cerimónias, com as quatro escolhidas este ano a regressarem na de 2020.

A Academia recorda que esta alteração foi debatida e aprovada pelo Conselho de Governadores com todo o apoio dos representantes dos comités em agosto do ano passado.