Ainda inédito em cinema em Portugal,
«Séraphine» bateu
«A Turma»,
«Paris» e
«Mesrine» na 34ª cerimónia de entrega dos Césares, os mais importantes galardões do cinema francês.

O filme, realizado por
Martin Provost, recorda a história da pintora autodidacta Séraphine de Senlis, e conquistou os galardões para Melhor Filme Francês, Melhor Actriz (para a protagonista
Yolande Moreau), Melhor Argumento Original, Melhor Fotografia, Melhor Banda Sonora, Melhor Guarda-Roupa e Melhor Direcção Artística.

«Mesrine» também foi um dos vencedores da noite.

Policial de enorme sucesso popular sobre a vida do gangster Jacques Mesrine, conquistou os troféus de Melhor Realizador (
Jean-François Richet), Melhor Actor (
Vincent Cassel) e Melhor Som.

«Le Premier Jour du Reste de ta Vie», que retrata cinco dias na vida de uma família, também levou três distinções para casa: as de Melhor Actor Revelação (
Marc-André Grondin), Melhor Actriz Revelação (
Deborah François) e Melhor Montagem.

O escritor
Philippe Claudel recebeu o prémio de Melhor Primeiro Filme por
«Il y a Longemp que je t’Aime», que também valeu a
Esla Zyklberstein o galardão de Melhor Actriz Secundária.

Os restantes prémios foram dispersos por diferentes filmes:
«A Valsa com Bashir» ganhou como Melhor Filme Estrangeiro,
Jean-Paul Roussillon como Melhor Actor Secundário por
«Un Conte de Noel»,
«A Turma» como Melhor Argumento Adaptado,
«Les Miettes» como Melhor Curta-Metragem e
«Les Plages d’Agnès», de
Agnès Varda, como Melhor Curta-Metragem Documental.

Dustin Hoffman recebeu ainda o César Honorário das mãos Emma Thompson, com quem contracenou em
«A Um Passo do Amor».

Apesar de tudo, a maior surpresa da noite foi a aparição de
Dany Boon, realizador e protagonista de
«Bem-vindo ao Norte», que tinha previamente anunciado que não iria à cerimónia devido ao mal estar provocado pelo facto do seu filme, que se sagrou como o maior sucesso de público de sempre em França, com cerca de 20 milhões de espectadores, ter recebido uma única nomeação, a de Melhor Argumento Original.

A ausência de comédias nos Césares é algo que tem sido muito criticado no passado e que se tornou mais flagrante e polémico este ano, dado o sucesso retumbante de película de Boon.

O cineasta esteve presente na cerimónia na sequência de uma conversa com Alain Terzian, presidente da Académie des Arts e Techniques du Cinema, que atribui os Césares, que lhe indicou que no final de Março o conselho e administração estudaria a criação de um prémio anual para Melhor Filme de Humor.

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