Esta quarta-feira, Sigourney Weaver foi homenageada com um prémio de carreira no Festival de Cinema de San Sebastián.

Em 1979, com apenas 20 anos, a atriz visitou o certame pela primeira vez para apresentar o agora clássico "Alien, o Oitavo Passageiro".

Quatro décadas depois, ela regressou, com uma grande carreira, para receber o prémio Donostia.

'Estou um pouco chocada, emocionada [...] Adoro trabalhar na Espanha, sinto que a Espanha tem uma relação muito especial com os filmes. Aqui pode perceber-se que os filmes são considerados uma forma de arte e não apenas comércio', disse numa conferência de imprensa para divulgar o filme "Sete Minutos Depois da Meia-Noite", do realizador espanhol Jose Antonio Bayona.

O festival homenageou a contribuição de Weaver para romper os estereótipos de género com o papel da tenente Ellen Ripley, uma protagonista em numa longa-metragem de ação, algo antes reservado para os homens.

'As mulheres, como as mulheres sabem, são muito fortes. Nós somos a cola que mantém o mundo unido', comentou a atriz de 66 anos, muito simpática com os jornalistas e fãs que assistiram ao filme, que chega a Portugal a 3 de novembro.

O filme é um drama de fantasia adaptado do livro de Patrick Ness, no qual um jovem adolescente recorre à imaginação para conseguir superar o cancro da sua mãe.

Sigourney Weaver interpreta a avó, encarregue de tomar conta do neto.

A americana fez muitos elogios ao realizador espanhol, que incluiu na mesma categoria de outros cineastas com os quais já trabalhou, como Ridley Scott e David Fincher.

'O seu talento é único, de uma maneira muito espanhola, com muita paixão, confiança e honestidade'.

O prémio Donostia 'reconhece a trajetória da atriz americana, cujo nome está em algumas das produções mais relevantes das últimas quatro décadas', segundo a organização do evento.

Com esta honra, junta-se a uma longa lista de premiados que inclui Glenn Close, Ian McKellen, Antonio Banderas, Julia Roberts, Woody Allen, Francis Ford Coppola e Robert de Niro, entre outros.

Na conversa com os jornalistas, Weaver também abordou a situação política no seu país, salientando que chegou a altura de uma mulher, como a candidata democrata Hillary Clinton, liderar a Casa Branca.

"É muito emocionante que agora no nosso país, apesar dos altos e baixos, eu sinta que estamos a perceber que chegou a altura de ter uma mulher presidente'.

Ao comentar a crise dos refugiados, Weaver previu a vitória de Hillary Clinton sobre o republicano Donald Trump nas eleições americanas.

"Não posso pensar em nada mais assustador do que, sendo uma mãe de família, não ter um país, uma casa, morar nestes campos se tiver sorte, com nenhum país a desejá-lo [...] Espero que com a presidente Clinton nós possamos desenvolver uma atitude de mais compaixão", disse.

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