A narrativa do romance cruza uma história ficcionada vivida pelas netas do autor num futuro ainda distante, com as memórias verdadeiras do conhecido jornalista e da sua mulher passadas entre África e Portugal ao longo de mais de quatro décadas, revela a editora.

“Não sabia se alguma vez iria ser capaz de escrever tudo o que me ia enchendo a alma e de forma tão sofrida. Mas, um dia, escrevi as primeiras palavras, e quase sem me dar conta estava profundamente obcecado e envolvido na dolorosa tarefa de lembrar 44 anos de vida com a minha mulher, Sílvia”, descreve o autor.

Esses anos de vida conjunta dizem respeito a uma história de amor que começou em Angola e prosseguiu em Portugal, para onde fugiram, em momentos diferentes, “por força de uma guerra sangrenta”.

Foi assim que David Borges encheu “página após página”, misturando histórias dos dois com histórias de África e do jornalismo de reportagem, que confessa serem os seus outros “amores eternos”.

O romance “Amor Eterno” vai ser apresentado na quinta-feira, às 18h00, na LeYa na Buchholz, em Lisboa, pela escritora Ana Paula Tavares e pelo presidente do conselho de administração da agência Lusa e também jornalista, Nicolau Santos.

David Borges nasceu a 8 de junho de 1949, em Ondjiva, capital da província do Cunene, no extremo sul de Angola, cresceu no Lubango e durante a adolescência entrou para os quadros do Rádio Clube da Huíla.

Em março de 1976 fugiu para Portugal e, mais tarde, ingressou no jornalismo português, tendo passado pela imprensa (jornal Record), pela rádio (Rádio Comercial, Antena 1, TSF e RDP África) e pela televisão (SIC).

Foi cofundador da rádio TSF, esteve na fundação da RDP África e ganhou um Prémio Gazeta (jornalismo de rádio) com três reportagens em Moçambique.