Robert Forster, conhecido por uma longa carreira no cinema e na televisão com papéis em "Mulholland Drive" ou na nova vida de "Twin Peaks", e nomeado ao Óscar de Melhor Ator Secundário pelo seu papel em "Jackie Brown", de Quentin Tarantino, morreu esta sexta-feira em Los Angeles, aos 78 anos, vítima de um tumor no cérebro.

A informação foi confirmada pela publicista do ator.

Foi já com a sua carreira na mó de baixo, que Quentin Tarantino criou o papel de Max Cherry em "Jackie Brown" (1997) com o ator em mente e acabou por lhe dar um dos pontos altos da sua carreira, que lhe valeu a nomeação aos prémios da Academia.

O ator começou a sua carreira na Broadway e fez a sua estreia no cinema em 1967 ao lado de Marlon Brando e Elizabeth Taylor no filme de John Huston "Reflexos num Olho Dourado". Em 1969 entrou no filme "Medium Cool", de Haskel Wexler.

Forster teve depois vários papéis na televisão, em séries como "Banyon" ou "Nakia" e em vários filmes de segunda linha como "Abismo Negro" ou "Hollywood Harry".

No início dos anos 90 a sua carreira dividia-se entre papéis secundários e períodos de pausa, mas foi trazida de volta à ribalta por Tarantino, que era um fã assumido do ator desde criança. Forster chegou a fazer uma audição para participar em "Cães Danados", mas acabou por ser em "Jackie Brown" que a colaboração entre ator e realizador se concretizou.

O papel, para além de o pôr no mapa dos prémios da indústria, reavivou a sua carreira e deu-lhe, nas décadas seguintes, trabalhos em filmes como o remake de "Psycho" (1998), "Mulholland Drive", de David Lynch, "Human Nature" ou "Os Descendentes".

Em anos mais recentes, Forster participou na série "Breaking Bad" - e volta a ter uma participação no filme "El Camino", estreado esta semana na Netflix - , na nova vida da série "Twin Peaks" e em filmes como "Assalto à Casa Branca".