Depois da gala dos Globos de Ouro, foram muitas as vozes que defenderam que Oprah Winfrey se deveria candidatar a Presidente dos Estados Unidos. À CNN, dois amigos próximos revelaram que a apresentadora está a "pensar ativamente" na hipótese de entrar na corrida à Casa Branca.

Segundo a estação, os amigos, que pediram o anonimato para poderem falar livremente, as conversas sobre uma possível candidatura de Oprah já começaram há vários meses, porém a apresentadora ainda não tomou uma decisão final.

No final da cerimónia dos Globos de Ouro, Stedman Graham, companheiro da apresentadora, frisou ao Los Angeles Times que só "depende das pessoas".  "Perguntei a Stedman se a Oprah se candidataria a presidente. 'Depende das pessoas. Ela absolutamente faria isso'", escreveu a jornalista no Twitter.

O discurso nos Globos de Ouro

Gary Oldman, James Franco, Frances McDormand e Saoirse Ronan foram alguns dos atores distinguidos pelos Globos de Ouro, mas o grande discurso da noite foi de Oprah Winfrey.

Numa noite pesada marcada evocação dos escândalos sexuais que dominam Hollywood, Oprah Winfrey, uma das mulheres mais influentes do mundo, pôs de pé o auditório dos Globos de Ouro, com um discurso contra “os homens poderosos e brutais” que dominaram o mundo, afirmando que “o seu tempo chegou ao fim”.

Foi com um grande aplauso que foram recebidas as palavras da apresentadora de televisão e atriz norte-americana, a quem foi atribuído o Globo de Ouro Cecil B. DeMille, por ser “um exemplo a seguir para mulheres e jovens”, além de “uma das mulheres mais influentes” da atualidade, segundo a Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês).

A também produtora e empresária começou por recordar quando, ainda criança, foi inspirada a transceder as suas humildes origens ao assistir pela televisão à cerimónia dos Óscares onde Sidney Poitier venceu o Óscar de Melhor Ator, o mesmo Sidney Poitier que viria a ser distinguido também com o Cecil B. DeMille nos Globos de Ouro de 1982.

A seguir, recordou o papel da imprensa em defesa da verdade antes de recordar que os assédios sexuais "transcendem qualquer cultura, geografia, raça, religião, políticas ou local de trabalho", exprimindo "gratidão por todas as mulheres que aguentaram anos de abuso e ataques porque elas, como a minha mãe, tiveram crianças para alimentar e contas para pagar e sonhos para perseguir. Elas são mulheres cujos nomes nunca iremos conhecer".

Citou ainda o exemplo de Recy Taylor, uma mulher negra que foi violada em 1944 por seis homens que nunca foram condenados e que morreu há 10 dias, com 97 anos.

"Um novo dia está no horizonte"

"Ela vive, como todas vivemos, numa cultura corrompida por homens brutais poderosos. Durante demasiado tempo, as mulheres não foram ouvidas ou acreditadas se se atrevessem a dizer a sua verdade sobre o poder desses homens, mas a hora delas chegou. A hora delas chegou!"

Recordando ser a primeira mulher negra a receber e prémio, acrescentou: "Quero dizer a todas as raparigas que estão a ver que um novo dia está no horizonte. E quando esse novo dia finalmente nascer, será porque imensas mulheres magníficas, muitas das quais estão aqui nesta sala esta noite - e alguns homens bem fenomenais - lutam bastante para terem a certeza que se tornam as líderes que nos conduzem a um tempo em que ninguém nunca mais tenha de dizer #MeToo."

Tudo o que se passa à frente e atrás das câmaras!

Receba o melhor do SAPO Mag, semanalmente, no seu email.

Os temas quentes do cinema, da TV e da música!

Ative as notificações do SAPO Mag.

O que está a dar na TV, no cinema e na música!

Siga o SAPO nas redes sociais. Use a #SAPOmag nas suas publicações.