Em conferência de imprensa, o diretor do festival, José Rodrigues, disse que haverá um total de 12 concertos, a cargo de cerca de 500 músicos, entre coralistas, organistas e orquestra.

Um dos pontos altos, adiantou José Rodrigues, está agendado para dia 26, na Igreja do Pópulo, com um concerto com música da corte de Luís XIV, a cargo do organista Frédéric Descamps, com direção musical de Diogo Costa e participação do Coro e Orquestra do Distrito de Braga.

O cante alentejano marcará presença nos dias 12 e 13, na Sé Catedral de Braga e no santuário do Bom Jesus do Monte, respetivamente.

O primeiro desses dias será dedicado a modas religiosas alentejanas e o segundo a modas populares.

Em ambos os casos, os sons do Alentejo serão assegurados pelos Cantadores da Aldeia Nova de S. Bento, de Serpa.

O festival terá um dia reservado para os compositores bracarenses, dando ainda palco a coros de jovens portugueses e franceses e à Orquestra Sinfónica da Universidade do Minho.

O concerto de encerramento está marcado para a Igreja de Santo Adrião, com a 9.ª Sinfonia de Beethoven, a cargo de Vítor Matos e Vítor Lima.

Todos os concertos terão lugar em igrejas do concelho de Braga, à exceção de um agendado para o dia 20, que terá lugar na Igreja Nova de Prado, em Vila Verde.

José Rodrigues manifestou-se esperançado de que a edição deste ano consiga suplantar os 6.000 espectadores registados em 2023.

Aquele responsável destacou a importância do festival na recuperação dos órgãos de tubos do concelho, adiantando que em 2014, aquando da primeira edição, havia 11 em funcionamento, número que, entretanto, já cresceu para 21.

“Ainda falta dar voz a cerca de 30”, referiu.

Para José Rodrigues, Braga deve assumir-se como “a cidade dos órgãos”, delineando para o efeito uma estratégia para a preservação daquele instrumento e para formar novos organistas.

Rodrigues deu ainda conta do “sonho” de dotar a cidade de um museu do órgão e da música, adiantando que o coro alto da Igreja do Pópulo poderia ser o espaço ideal para o efeito.

O Festival Internacional de Órgão de Braga começou em 2014, reunindo nessa primeira edição cinco concertos e 12 músicos, números que agora sobem para 12 e cerca de 500, respetivamente.

O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, disse que este é um projeto que tem uma dimensão histórica e identitária, contribuindo para a valorização e reabilitação dos órgãos de tubos existentes no concelho.

Além disso, Ricardo Rio aludiu à “grande mais-valia económica” para a cidade resultante da qualidade do festival e da consequente atração de públicos de outros pontos do país e do estrangeiro.