Mísia, Emmy Curl, Ustad Noor Bakhsh, Cocanha e Emel são os primeiros nomes do cartaz musical da 4.ª edição do Festival Imaterial, que se realiza, de 17 a 25 de maio, em Évora, anunciou hoje a organização.

Esta edição “é anunciada num contexto especial”, pois “o evento acaba de ser distinguido com o prémio “Contribution to Equality” (Contribuição para a Igualdade) na mais recente edição dos Iberian Festival Awards”, realçam os promotores, em comunicado.

Organizado pela Câmara de Évora e pela Fundação Inatel, o evento tem produção executiva da Gindungo e direção artística de Carlos Seixas.

Neste comunicado, a organização revela os primeiros nomes de artistas confirmados e as datas do evento, que procura transformar a cidade “num local de transmissão de saberes e culturas entre diferentes povos e gerações”.

O cartaz musical apresenta, para já, as cantoras portuguesas Mísia e Emmy Curl, o artista paquistanês Ustad Noor Bakhsh, o grupo francês oriundo da Occitânia (sul de França) Cocanha e a cantora tunisina Emel, “uma das vozes da Primavera Árabe”.

Com palcos “dentro e fora das muralhas da cidade”, o programa inclui propostas em várias áreas culturais, como música, cinema, conversas, conferências, visitas e atividades dirigidas a crianças e famílias.

Este ano, segundo a organização, o Festival Imaterial é também reforçado com a realização da primeira Escola Doutoral “Boot Camp In2Future”, entre 18 e 24 de maio, graças à parceria com o laboratório IN2PAST.

Citado no comunicado, o diretor artístico, Carlos Seixas, salienta que “esta edição pretende ter como foco as novas gerações, privilegiando, precisamente, a criatividade dos mais novos e o diálogo com clássicos dentro dos seus variados estilos”.

“Assim, pretendemos fazer jus ao prémio que reflete o plano de igualdade que o programa do Imaterial tenta promover ao nível das diferentes geografias, dos estilos musicais, das idades, dos géneros”, assinala.

O Imaterial, sublinha, “é um espaço de liberdade, de criação de oportunidades, de defesa da livre circulação artística, presta tributo a músicos imigrantes, à experiência de viver longe de onde estão as suas raízes, à música que nasce destes artistas e que emerge nas suas comunidades”.

“A programação deste ano sai em reforço destes princípios, mais que nunca, procurando ser uma base de referência para que possamos mobilizar todas as pessoas neste modelo de igualdade e princípios humanistas”, acrescentou.

Na edição anterior, em 2023, o festival contou com mais de 6.000 espetadores.

“Este ano, é objetivo crescer em visitantes e participantes nas diversas secções do festival, reafirmando o Imaterial como um ponto de encontro, neste que é um dos eventos inscritos no programa geral da candidatura vencedora de Évora a Capital Europeia da Cultura em 2027, no ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de Abril”, acrescenta.