O projecto nasceu no início de 2009.

«O Lucas [Carneiro] tinha feito um instrumental, mandou-mo a mim e eu pus as vozes. Achámos que aquilo tinha algum potencial e, como conhecíamos o Gonçalo [Peixoto] e também o Gil [Oliveira] e já tínhamos tido projectos em comum, decidimos convidá-los. Juntamo-nos e começámos a preparar o EP», conta Nuno Abreu.

É com esta simplicidade que o grupo descreve o começar de uma fase completamente diferente das suas vidas. O rodopio que se seguiu ao lançamento da EP envolveu alguns concertos e showcases nas rádios nacionais. «De facto, tem sido para nós todos uma experiência nova. Nunca passaáos por isto antes. Está a correr bem é o que interessa», sumariza Gil Oliveira.

Mas nem tudo foram rosas, a sua participação no Festival Termómetro deixa uma recordação agridoce. Chegaram à final, mas não conseguiram sair vencedores. Hoje olham para a sua participação como um elemento positivo, que contribuiu para o momento que vivem agora. Gil admite que a actuação da banda «se calhar não correu da melhor forma, mas a participação em si foi fixe porque, de facto, a nível da produção, a banda conseguiu chamar mais a atenção das pessoa».

Antes de se juntarem, os quatro colegas estavam em projectos diferentes, tanto que, inicialmente, as gravações que fizeram tinham apenas o objectivo de registar o trabalho inicial de Lucas Carneiro e Nuno Abreu. Todavia, perante o produto final, lançou-se a questão «porque não criar um novo grupo que vá nesta direcção? Pronto, juntámo-nos num outro caminho», relata Nuno.

Os Long Way to Alaska vão dar dois concertos no próximo mês. Dia 17 de Dezembro apresentam-se no Porto e dia 18, em Tomar. A sua cidade berço, Braga, só os vai receber em Janeiro, ainda sem data prevista. Entretanto, vão correr algumas lojas Fnac do país a promover o seu trabalho.

Apesar de o norte ser mais frio, continua bem longe daquilo que se imagina ser o Alasca. Nuno explica que o nome da banda «remete mesmo para a tal viagem, para a paisagem. Por acaso surgiu Alasca. Era um sítio longínquo e que soava bem. Portanto, ficou Long Way to Alaska

O longo caminho para o Alasca parece ter-se tornado mais curto para estes quatro jovens que, em pouco mais de um ano, conseguiram chamar a atenção do grande público.

@ Inês Fernandes Alves