Money Makers - Os Money Maker$ são Vítor Machado, na voz e guitarra; Rui Pedro da Gama, na guitarra e voz; Gonçalo Santos, no baixo; e Robert Kudlek, na bateria. Somos uma banda oriunda de Cascais, mas dizem que parecemos vindos de Las Vegas... Compomos na onda de Rock, com algum trejeito de Ska. Assumimos uma postura irreverente,vestimos a rigor com um look muito new glam... Formámo-nos em 2004 -resultado de uma experiência obtida em projectos originais anteriores, onde, individualmente, cada um de nós passou, mas,principalmente, de um outro de animação nocturna, que já soma 13 anos. Este último, devido ao seu tempo de existência,fez com que não faltassem histórias para contar ou cantar...

PP -Chamam-se Money Maker$; usam como lema “não haver nada melhor do que dar boa música ao povo, para encher o coração e esquecer os bolsos vazios”; e o vosso primeiro single chama-se, nada mais nada menos, do que It’s All About The Money. É, efectivamente, a temática «dinheiro» o fio condutor da banda?

MM$ - A escolha do primeiro single foi, apenas, o sublinhar do conceito Money Maker$ - somos o Robin dos Bosques do meio artístico: tiramos aos ricos para dar aos pobres... It's All About The Money é uma canção que fala, de forma crítica, do consumismo, capitalismo, suborno, ostentação, corrupção e outras tantas vertentes do uso da moeda ou, cada vez mais, do cartão de crédito... É, nada mais nada menos, do que um reflexo da nossa sociedade e sua relação com o dinheiro - o dinheiro que tanta falta nos faz, mas que tantas tristezas e angústias nos traz também! De resto, o nosso fio condutor não é, de forma alguma, o dinheiro. Aliás, só temos mesmo uma canção sobre essa temática. Preferimos abordar o amor. Podemos, inclusive, dizer que 70% do nosso primeiro disco fala de amor: amor passado, amor presente e amor futuro...

PP - Formaram-se em 2004, mas só em 2009, “depois de muitos espectáculos ao vivo”,editam o vosso primeiro disco. Porquê um compasso de espera tão grande?

MM$ - Para além de artistas, somos perfeccionistas. O que aconteceu foi que todo o processo de composição, gravação, mistura, etc. foi repetido, ou seja, após as maquetas iniciais, ao gravarmos os temas, não ficámos satisfeitos com o resultado,pois tínhamos uma sala pequena e mal insonorizada, que não ajudava em nada a captação. Partimos, então, para um investimento «louco» (quer a nível físico, quer a nível monetário), na construção de um estúdio - o que implicou, naturalmente, a projecção da estrutura, a busca dos materiais de insonoriação, tratamento acústico, etc. Só com isto, passou mais de um ano... Depois de pronto o Eboxstudio, voltámos, então, a regravar os temas. Sentimos, agora, que valeu a pena o esforço e a espera.

PP - Que influências (nacionais e internacionais) podem ser encontradas na vossa música/estilo musical?

MM$ - Só más influências! Somos daqueles rapazes que a vossa mãe sempre vos disse para não se darem...

PP - O que trazem de novo à música portuguesa? Como pretendem marcar o panorama da música nacional?

MM$ - Alegria, energia e espírito positivo.É isso que trazemos à música portuguesa.Somos uma banda de festa, que tenta combater a dita música portuguesa que, na nossa opinião, está cada vez mais triste, quer na sua mensagem, quer nas melodias. Somos portugueses, mas compomos para o mundo, e o que pretendemos é apenas um lugar ao sol de 30º, com palmeiras, espreguiçadeiras, cocktails, em grandes mansões, grandes carros clássicos, bikinis pequenos, etc. Quem ouvir a nossa música, é nosso convidado para a festa...

PP - Chegaram à final do TMN Garage Sessions, da Mostra de Música de Palmela e do Festival de Música Moderna de Corroios; conquistaram o 1º lugar na 9ª Mostra de Música de Soure; e destacaram-se na 10ª edição do Festival Musa. De que forma têm contribuído os concursos de música para a carreira dos Money Maker$? São, efectivamente, uma plataforma que ajuda à divulgação e exposição de uma banda?

MM$ - Claro que sim, uma banda que está a nascer tem mais é que tocar! E os concursos são o melhor ponto de partida: a banda mostra o seu trabalho, testa a aceitação do público, «faz-se ao palco» e melhora a sua performance (se bem que nãosão nada fácil, pois partilhar um palco com mais umas quantas bandas pode tornar-se,por questões logísticas,uma grande dor de cabeça, para músicos e técnicos...)

PP - A vitória no TMN Garage Sessions permitiu-vos abrir para Josh Rouse na Aula Magna. Já partilharam, igualmente, o palco com Xavier Rudd e Patrice, aquando do Sagres Surf Festival. Como seria a noite ideal para os Money Maker$? Em que palco? A tocar com que artistas?

MM$ - Sem dúvida em Las Vegas, ou por ali perto, com a Popota a abrir para nós (a abrir a porta da limusine)... Gostaríamos, também, de ter os novos “D’zrt Project” em cima das saídas da pirotecnia, quando saíssem as chamas (BURN mother fucker BURN)... E, já agora, o Gil do Carmo a servir Möet Chandon..

PP - Por último, qual a importância das redes sociais, como o Palco Principal, na carreira dos Money Maker$ e respectiva divulgação?

MM$ - Não querendo dar graxa, mas dando: achamos que o Palco Principal é alta rede social Hoje em dia, as redes sociais são sem dúvida a primeira porta, senão a única, por onde as bandas devem entrar e sair.. Assim se mostram, assim se promovem e assim se projectam no mercado cada vez mais exigente.. Gostamos muito de pisar este palco, o Palco Principal!