"É um disco mais espiritual, muito cinematográfico, é quase um momento de reflexão em relação à nossa existência", afirmou o músico à agência Lusa, referindo que é o primeiro álbum feito de raiz a pensar numa orquestra.

Rodrigo Leão, com o ensemble que habitualmente o acompanha, apresentará as músicas novas em três concertos que vão contar com a participação do Coro e da Orquestra Gulbenkian - quase uma centena de pessoas -, sob a direção do maestro Rui Pinheiro: a 18 de novembro, no Coliseu do Porto, e nos dias 20 e 21 desse mês, no Coliseu de Lisboa.

Neste projeto, que já tinha sido apresentado na nova temporada de música da Gulbenkian, grande parte dos temas é instrumental, mas haverá duas ou três canções a serem interpretadas pela cantora Selma Uamusse, que tem colaborado com Rodrigo Leão.

O músico tem andado a trabalhar em composições novas, desde o ano passado, e escolheu pouco mais de dez para a gravação do álbum. Além do coro, da orquestra e de Selma Uamusse, participa ainda o ensemble que normalmente acompanha o músico: O quarteto de cordas formado por Carlos Tony Gomes, Bruno Silva, Denys Stetsenko e Viviena Tupikova, e ainda Celina da Piedade, no acordeão.

O novo álbum, ainda sem título, "é um regresso à influência clássica", descreveu Rodrigo Leão, depois de ter editado "A vida secreta das máquinas", mas próximo da música eletrónica, e "Espírito de um país", álbum ao vivo gravado com a Orquestra Sinfonietta de Lisboa.

Com um tema cuja letra foi escrita pela mulher, Ana Carolina, e outros com frases em latim retiradas de textos antigos, o álbum "é quase uma espécie de elogio à vida". "Tem muita esperança, tristeza, tem todos os sentimentos que habitualmente estão presentes na minha música, a melancolia", referiu.

O álbum conta ainda com arranjos de Carlos Tony Gomes e a colaboração do arranjador Steve Bartek, com quem Rodrigo Leão tinha já trabalhado na banda sonora do filme norte-americano "O mordomo".

Rodrigo Leão, 51 anos, está ligado à música portuguesa desde a década de 1980, tendo participado na fundação de grupos como Madredeus e Sétima Legião, e colaborado com vários músicos, entre os quais Beth Gibbons, Neil Hannon, Adriana Calcanhotto e Ryuichi Sakamoto.

Mais recentemente, editou os álbuns "A montanha mágica", "Espírito de um país", gravado ao vivo com a Orquestra Sinfonietta de Lisboa, e "A vida secreta das máquinas", de pendor mais eletrónico.

A par deste trabalho, Rodrigo Leão tem composto para cinema e outros projetos artísticos, nomeadamente os filmes "O mordomo" e "A gaiola dourada" e a exposição "Florestas submersas by Takashi Amano", patente no Oceanário de Lisboa.

Grande oficial da Ordem do Infante D. Henrique, em 2014, Rodrigo Leão editará o novo álbum em outubro, através da Universal Music.

@Lusa

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