Para justificar a nova mudança de local, de um recinto ao ar livre, na praia do Meco, perto de Sesimbra, para o Parque das Nações, em Lisboa, Luís Montez apontou de imediato a melhoria de um dos aspectos mais criticados pelo público nas edições anteriores: acessibilidades.

"Fazemos vinte anos e quisemos marcar esta data com um espaço novo e com boas condições. Este espaço, em termos técnicos e visuais, é muito forte, tem metro, comboio, aeroporto, táxis mesmo à porta. Tem casas de banho fantásticas, tem uma oferta de restauração muito boa e é um sítio moderno, urbano. Eu queria ver se ficava aqui pelo menos durante mais dez anos", afirmou o promotor, no final de uma apresentação pública do festival.

Com vista para o Rio Tejo, na zona oriental de Lisboa, renovada desde a Expo'98, o SBSR decorrerá de 16 a 18 de julho, repartido por quatro palcos, num recinto de 75.000 metros quadrados e que estará vedado e com acesso de trânsito condicionado: Um palco estará no Meo Arena e outro na Sala Tejo, aos quais se juntam um palco debaixo da pala do Pavilhão de Portugal e outro na rua, próximo do Meo Arena.

O cartaz tem como cabeças de cartaz Sting, Blur e Florence + The Machine, aos quais se juntam, por exemplo, Noel Gallagher, FFS (Franz Ferdinand & Sparks), The Vaccines, Perfume Genius, Kate Tempest, dEUS, Savages e Unknown Mortal Orchestra.

Haverá uma aposta forte na música portuguesa - e em língua portuguesa - a começar por Jorge Palma & Sérgio Godinho, contando ainda com Gala Drop, Banda do Mar, Criolo, Márcia, We Trust, D'Alva ou Best Youth. As atuações repartem-se por vários palcos, mas um deles terá apenas artistas nacionais.

O SBSR aconteceu pela primeira vez em 1995, na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa, mas em duas décadas o festival de música teve várias localizações e modelos de organização; já aconteceu em cidades diferentes e com dinâmicas que foram condicionando o perfil de festivaleiro.

Desde 2010, o festival acontecia num recinto arborizado, arenoso, perto da praia do Meco, com parque de campismo e uma única via de acesso. Luís Montez trocou essa premissa de "sol, praia e rock n'roll" por um local mais urbano.

"A praia é um atrativo muito forte no verão, mas o público pode ir durante o dia ao Meco e voltar. Ganhámos o rio e libertámo-nos do stress das filas", disse.

Quanto ao cartaz, Jwana Godinho, responsável pela contratação de artistas, explicou à Lusa que aquele representa "um resumo do que é o SBSR": "Tem a história da música e nomes incontornáveis", como o cantor Sting, que fará uma revisão da carreira, e os Blur, de regresso aos concertos e com novo álbum, o primeiro em mais de dez anos.

"Temos algumas pessoas que são muito fiéis desde o início e vêm desde a primeira edição e temos sempre público novo. A beleza do festival é mesmo essa", disse a programadora.

De acordo com Luís Montez, os passes de três dias (que custam 95 euros) deverão esgotar no final de junho.

Toda a programação, assim como informações sobre acessos e horários de transportes públicos, estará disponível em www.superbocksuperrock.pt.

@Lusa