"A avaliação das provas disponíveis (...) e a audiência das testemunhas não permitiram estabelecer que o acusado teve relações sexuais não consensuais com mulheres", afirmou o MP da capital alemã.

Rammstein é o grupo de língua alemã que mais vendeu álbuns no mundo. “Agradeço a todos que esperaram, imparcialmente, pelo fim da investigação”, reagiu o cantor no Instagram.

O caso começou no final de maio, com a denúncia de uma irlandesa de 24 anos que acusou o cantor de tê-la drogado e assediado sexualmente após um concerto no mesmo mês na Lituânia.

Outras jovens também prestaram depoimentos e relataram acontecimentos semelhantes. Segundo esta versão, as fãs da banda que ficavam nas primeiras filas dos espetáculos eram filmadas ou fotografadas para que Lindemann pudesse escolher. Posteriormente, eram convidadas para festas.

O vocalista de 60 anos negou os atos através dos seus advogados.

As denúncias geraram protestos antes dos concertos da banda em diversos países, bem como o cancelamento de festas após os espetáculos na Alemanha.

A Procuradoria de Berlim abriu uma investigação em meados de junho, depois de "várias denúncias apresentadas por terceiros, ou seja, pessoas alheias aos factos denunciados".

Esta terça-feira, o Ministério Público explicou que "as alegadas vítimas não se dirigiram, até agora, às autoridades encarregadas das investigações criminais, mas apenas – e isto mesmo depois de a investigação ter sido tornada pública – a jornalistas que, por sua vez, acolheram o seu direito de se negarem a testemunhar".

"Não houve, portanto, possibilidade de fundamentar suficientemente as possíveis acusações, nem de formar uma ideia da credibilidade das alegadas vítimas e da verossimilhança das suas declarações durante o interrogatório", acrescentou.

A investigação contra o "manager" acusado de levar as jovens para os bastidores dos concertos também foi arquivada.