A diva da pop e a estrela do hip-hop anunciaram o álbum "Everything is Love" de um palco em Londres, num concerto da sua digressão global que arrancou no Reino Unido.

O disco foi lançado no passado sábado exclusivamente na plataforma Tidal, que pertence a Jay-Z, e não está disponível no Spotify - serviço de streaming muito mais popular, que é criticado por Beyoncé numa das faixas.

O casal também publicou um vídeo com uma complexa coreografia gravado dentro do museu do Louvre, em Paris, para a canção "Apeshit". O vídeo começa com os dois a posarem em frente a "Mona Lisa" e continua com bailarinos a passarem por outras obras.

Casamento ainda mais público

As estrelas já tinham gravado juntas algumas vezes, mas este álbum traz ainda mais detalhes da vida privada do casal que o disco anterior de Beyoncé, "Lemonade" - no qual a artista revelou uma traição de Jay-Z, que mais tarde pediu desculpa em "4:44".

A relação parece estar melhor, como sugere o nome do disco. Logo nos seus primeiros versos, Beyoncé convida o marido: "Vamos fazer amor no verão".

Na última faixa, "Lovehappy", o casal admite as dores passadas, mas valoriza os esforços para superar as dificuldades. "Temos defeitos/ Mas ainda somos perfeitos um para o outro", canta Beyoncé.

Enquanto dois dos maiores artistas negros da cultura pop norte-americana, Beyoncé e Jay-Z desempenham um importante papel político nos Estados Unidos - das campanhas presidenciais de Barack Obama ao movimento Black Lives Matter.

"Everything is Love" oferece uma homenagem à identidade afro-americana em "Black Effect", que começa, na linha de Beyoncé, com um monólogo sobre amor próprio, antes de endurecer o tom.

Na canção, Jay-Z fala de Trayvon Martin, o afro-americano de 17 anos morto em 2012 por um segurança de bairro num condomínio fechado na Florida.

Não ao Super Bowl

Noutra faixa, o rapper confirmar relatos de que negou o convite da NFL, a liga de futebol americano, para atuar no Super Bowl - o evento mais assistido da televisão norte-americana - deste ano. O concerto acabou por ficar a cargo de Justin Timberlake.

Jay-Z é um defensor ativo de Colin Kaepernick, o quarterback agora desempregado, cujo protesto de joelhos contra a injustiça racial durante o hino nacional provocou críticas furiosas do presidente Donald Trump.

"Eu disse não ao Super Bowl/ Vocês precisam de mim, eu não preciso de vocês", sublinha.