Enquanto as atenções estão centradas no campeonato do mundo, na Rússia, os representantes da União Europeia de Radiodifusão (EBU na sigla original) reuniram-se em Genebra com a RTP para fecharem a edição deste ano do Festival Eurovisão da Canção 2018 e para arrancarem com a preparação com a edição de 2019 em Israel.

A KAN, emissora israelita, também esteve presente e, segundo a organização, recebeu "uma grande quantidade de informações" da RTP. No site oficial da Eurovisão, a organização frisa ainda que a decisão sobre a cidade que irá receber o evento em 2019 será tomada depois de apresentadas e analisadas as candidaturas.

"A cidade-sede será anunciada juntamente com as datas oficiais das duas semifinais e da grande final, até setembro deste ano", garantiu a EBU, em comunicado.

Apesar de não sublinhar no site oficial que o concurso se irá realizar em Israel, a organização partilhou um logotipo provisório da edição do próximo ano.

EBU

No início do mês, Israel admitiu que as cidades de Tel Aviv, Haifa e Eilat, além de Jerusalém, também podem ser candidatas à realização do Festival da Eurovisão da Canção em 2019, de acordo com o jornal israelita Haretz.

A proposta ocorreu depois das exigências da União Europeia de Radiofusão (UER/EBU, na sigla em inglês), que pretendia que o festival se realizasse um lugar "menos controverso" do que Jerusalém, cidade dividida entre israelitas e palestinianos desde 1967, e à qual a comunidade internacional não reconhece a soberania de Israel.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, concordou que o governo se afastará da escolha da cidade onde o festival se irá realizar, na sequência da vitória de Netta Barzilai, em Lisboa, com o tema "Toy".

Segundo o jornal israelita, Netanyahu tomou esta decisão com os ministros das Finanças e das Comunicações, Moshe Kahlon e Ayoub Kara, respetivamente, e com a procuradora Geral do Estado, Avichai Mendelblit.

Jerusalém já recebeu a Eurovisão em 1979 e 1999, mas a recente controvérsia sobre seu 'statu quo' gerou novas tensões no conflito israelo-palestiniano, e no consenso internacional sobre a cidade.

Em dezembro, Donald Trump anunciou a transferência da embaixada norte-americana para Jerusalém, num reconhecimento isolado da cidade como capital de Israel.

A instalação de um primeiro departamento diplomático teve lugar no passado dia 14 de maio, dando origem a confrontos, em que morreram 60 palestinianos, tendo ficado feridas mais de duas mil pessoas.

Trump anunciou, entretanto, o adiamento por seis meses de mudança da embaixada dos Estados Unidos, de Tel Aviv para Jerusalém.

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