A escolha da cidade para receber o Festival Eurovisão da Canção 2019 está a chegar ao fim, sendo que o anúncio da decisão deverá acontecer até ao final de setembro. Eilat, Jerusalém e Telavive são os locais que estão na corrida para acolher o concurso no próximo ano.

Em entrevista ao canal TVM, de Malta, Michael Oren, vice-ministro do gabinete do primeiro-ministro de Israel, garantiu que Telavive é a opção "mais provável". Se assim for, de acordo com fontes do ministério das Finanças de Israel, em declarações ao jornal Haaretz e citadas pela agência EFE, prevê-se que, no próximo ano, o concurso se realize entre 17 e 24 de maio, no Pavilhão 2 do recinto da feira deTelavive, concluído em 2015, desenhado para eventos de grande dimensão e que é a única infraestrutura a reunir os requisitos organizativos e políticos para acolher o festival.

Uma das desvantagens é a capacidade do espaço, dez mil espectadores, bem menos do que a Altice Arena, em Lisboa, onde se realizou este ano o concurso, que acolhia 18 mil.

Sobre Jerusalém, a primeira cidade a entrar na corrida, o ministro garante que esta "não possui os recursos e instalações para atender às exigências do Festival Eurovisão".

"Em primeiro lugar, Telavive tem todas as condições para receber o concurso e, em segundo, evitaria diversas controvérsias e mal entendidos que a escolha de Jerusalém poderá trazer", frisou o antigo embaixador de Israel nos Estados Unidos.

Outras das possibilidades em cima da mesa são a realização do concurso no estádio de futebol de Haifa, a norte deTelavive, ou na cidade turística de Eilat, banhada pelo Mar Vermelho, na fronteira com o Egipto e a Jordânia.

Perante a possibilidade de a Eurovisão este ano se realizar em Jerusalém, o Sindicato dos Jornalistas Palestinianos, a Campanha de boicote a Israel e 17 organismos culturais palestinianos pediram, numa carta dirigida aos membros da EBU e aos países que participam no concurso, que não fizessem parte da próxima edição do concurso e boicotassem a iniciativa.

A estação pública israelita de televisão Kan, responsável pela produção da iniciativa, está em negociações com o governo, que, de acordo com o jornal Haaretz, poderá investir entre 16,6 milhões e 22,1 milhões de dólares (entre os 14,2 mihões e os 18,9 milhões de euros).

Depois de concluídas as negociações, inicia-se o processo de candidatura de várias cidades de Israel a acolherem o Festival Eurovisão da Canção, não sendo claro se Jerusalém será candidata.