Janine Charrat teve êxito em 1945 com a sua primeira coreografia, "Jeu de cartes". Ao longo da sua carreira criou cerca de 50 peças de balett, várias delas com o coreógrafo Maurice Béjart, e em 1948 "Adame miroir", com o escritor Jean Genet.

Em 1961, durante a gravação para a televisão do balett "Les Algues", o seu tutu incendiou-se ao passar por um candelabro aceso. A bailarina sofreu queimaduras em 70% do corpo.

Ela voltou à dança em 1964, para depois abandonar definitivamente os palcos em 1968. Mas nessa altura tornou-se diretora artística do balett do Grande Teatro de Genebra e continuou as suas atividades de coreógrafa.

Nascida a 24 de julho em Grenoble (centro-oeste da França), Janine Charrat foi descoberta por Serge Lifar, que a fez estrear-se aos 12 anos no papel de "Rose souris" no filme "A morte do cisne" (1937).

Depois de ter sido o primeiro par artístico do coreógrafo Roland Petit durante a guerra, conheceu a glória em 1945 quando assinou "Jeu de cartes", para o Les Ballets des Champs-Elysees.

"'Jeu de cartes' era seu balett preferido, ela voltou a dizer-me isso na véspera da sua morte", revelou à AFP Sylvie Nègre, a sua melhor amiga.

Janine Charrat teve sucessos, como "Cressida" (1946), "Abraxas" em Berlim (1949), "Les Liens" em Bruxelas (1960), e a sua carreira desenvolveu-se principalmente fora de França.

Nos anos 1980, Charrat, foi assessora de dança no Centro Georges-Pompidou de Paris.