Organizado pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), no âmbito das comemorações do Cinquentenário do 25 de Abril, o espetáculo "Merecer Abril" realiza-se na Aula Magna da Universidade de Lisboa, contando com canções como “Eu Vim de Longe”, de José Mário Branco, “Grândola, Vila Morena”, de José Afonso, "E depois do adeus", de José Niza e José Calvário.

O concerto tem conceção artística do músico Renato Júnior, que foi responsável pelo espetáculo “Natália é Quando uma Mulher Quiser”, celebrativo do centenário do nascimento da escritora e deputada Natália Correia.

A peça “As Brumas do Futuro”, de António Vitorino d’Almeida, abre "Merecer Abril", cujo alinhamento inclui “Acordai”, de Fernando Lopes-Graça, pelos Shout, a declamação do poema “As Portas que Abril Abriu”, de José Carlos Ary dos Santos, pelo ator Pedro Lamares, “A Morte Saiu à Rua”, de José Afonso, pelo guitarrista Pedro Jóia, que tocará também, com orquestra, “Verdes Anos”, de Carlos Paredes, "Maré Alta", de Sérgio Godinho, por Lena d'Água e os Shout, e “Tanto Mar”, de Chico Buarque, por Luanda Cozetti.

O fadista Camané vai cantar, do seu repertório, "Guerra das Rosas", de Manuela de Freitas e José Mário Branco, que produziu os mais recentes discos do fadista, e também "Inquietação", do 'cantautor'.

Pedro Lamares e orquestra interpretarão "E Depois do Adeus", de José Niza e José Calvário, canção vencedora do Festival RTP da Canção, em 1974, e que serviu de 'senha' às tropas para o início do golpe de Estado que levou à queda da ditadura do Estado Novo, e João Afonso com os Shout cantarão "O Que Faz Falta", de José Afonso.

Milhanas vai interpretar "Grândola, Vila Morena".

A encerrar será interpretado pelos Shout um 'medley' de canções que marcaram o quotidiano pós-revolucionário, “Arte Poética”, de José Jorge Letria, atual presidente da SPA, “A Cantiga é Uma Arma”, de José Mário Branco, “Companheiro Vasco”, de Carlos Alberto Moniz, e “Portugal Ressuscitado”, de Ary dos Santos e Pedro Osório.

O espetáculo tem direção artística e guião de Renato Júnior e do poeta Tiago Torres da Silva, distinguido este ano com o Prémio Poesia e Literatura, da Associação Voz do Operário.